Presidente da Federação Brasilcom assume coordenação da Câmara Brasileira do Comércio de Combustíveis e alerta para necessidade de combater a elevada sonegação e aprovar a reforma tributária antes de discutir mudanças na regulação do setor de combustíveis, sob pena de uma séria crise de abastecimento

Presidente da Federação Brasilcom assume coordenação da Câmara Brasileira do Comércio de Combustíveis e alerta para necessidade de combater a elevada sonegação e aprovar a reforma tributária antes de discutir mudanças na regulação do setor de combustíveis, sob pena de uma séria crise de abastecimento

O presidente da Federação Brasilcom, Maurício Rejaile, assumiu em evento na Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (28), a coordenação da Câmara Brasileira do Comércio de Combustíveis (CBCC) – órgão consultivo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A solenidade contou com a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia, deputados membros da Comissão de Minas e Energia, representantes sindicais e empresários do segmento.

Em seu discurso, o presidente da federação apresentou um panorama do setor de distribuição de combustíveis e enfatizou a necessidade de se fazer a reforma tributária antes de discutir qualquer mudança no segmento de distribuição de combustíveis. Para ele, diminuir o papel das distribuidoras e a importância da separação entre produção, distribuição e revenda é uma postura que desmerece a história de sucesso em abastecer um país continental como o Brasil.

Atualmente, o segmento conta com 390 bases de armazenagem, logística de transporte rodoviário, ferroviário, dutoviário e fluvial, e capacidade para atender ao país de norte a sul sem correr o risco de desabastecimento. Mas o setor também enfrenta problemas, especialmente com o chamado “devedor contumaz”, responsável pela sonegação no Brasil de algo em torno de R$ 7 bilhões ao ano, de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas, e a própria complexidade tributária, que também contribui para a sonegação fiscal. “É de suma importância uma contribuição objetiva do Legislativo no sentido de apoiar a aprovação do PLS 284 que está no Senado”, concluiu. A matéria prevê critérios especiais de tributação a fim de prevenir desequilíbrios concorrenciais.

Como coordenador da CBCC, Rejaile ressaltou a importância política de realizar o lançamento do organismo na Câmara. “É aqui nesta Casa que as grandes e necessárias mudanças acontecem”, afirmou fazendo menção às reformas trabalhistas e da previdência, esta última ainda em discussão no Senado Federal. No que tange o segmento de combustíveis, ele lembrou que tramitam nas duas Casas uma enorme quantidade de proposições que visam promover alterações no setor, inclusive sobre a venda direta e a verticalização. “Esperamos ser chamados para o debate!”, declarou.

Sobre o fim do monopólio no refino de combustíveis com a privatização das refinarias, ele disse que não há discordância, desde que seja respeitada a igualdade de preços da forma como acontece hoje para que não se condene as distribuidoras regionais a saírem do mercado. “É preciso ter regras claras para não desfazer um monopólio público nacional e fabricar um monopólio privado”, concluiu.

Assessoria de comunicação

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